Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A previsão de uma seca mais severa neste ano pode dificultar o transporte fluvial, afetando consideravelmente a economia do Amazonas, como ocorreu no ano passado, em 2023.
Na última sexta-feira, 5/7, durante a apresentação dos novos projetos, em entrevista para à Rádio RIOS FM 95,7, o governador do Amazonas ,Wilson Lima, queixou-se sobre as empresas de navegação. “É aquela história, o mundo todo diz que está preocupado em ajudar a Amazônia e é conversa. Está todo mundo preocupado com o lucro. Então é lamentável o que essas empresas de navegação estão fazendo”, ao se referir sobre a ‘taxação extra de navegação’.
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No mesmo dia, o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) informou por meio de nota que as empresas locais associadas que fazem o transporte fluvial de cargas via balsas (navegação interior) não cobram a “taxa da seca”, ou qualquer tarifa extra para transportar produtos e mercadorias no Estado durante os meses de estiagem.
“Ao contrário do que tem sido divulgado, a cobrança de tal taxa refere-se a empresas internacionais que atuam no transporte de contêineres, via navios, nos sistemas de cabotagem e longo curso, não associadas a esta entidade”, afirma o presidente do Sindicato, Galdino Alencar.
O Sindarma também destaca na nota que, ao longo da história, as transportadoras amazonenses sempre estiveram presentes e cumpriram seu papel de integrar o Estado e a região, do transporte de passageiros ao de cargas e bens essenciais, como combustível para as usinas elétricas no interior do Estado.
“Mesmo nos piores momentos, como na estiagem histórica de 2023, a navegação interior (balsas) realizada pelas empresas amazonenses nunca foi interrompida e foi essencial para abastecer o Polo Industrial de Manaus ano passado, trazendo contêineres no trecho entre Itacoatiara e a cidade, quando os navios de cabotagem não podiam navegar. E sem a cobrança extras ou de taxa da seca“, finaliza a direação na nota.
Durante a entrevista na sexta-feira, o governador infomou que determinou ao Procon-AM que represente contra essas empresas [de navegação fluvial] “Porque isso é abuso o que eles estão fazendo, não é correto, não é justo. Mais uma vez aqui eu quero repudiar esse comportamento das empresas de navegação em estabelecer essa taxa pra uma calha de rio”, disse o governador.