Redação Rios
EUA – O Brasil venceu o México por 3 a 2 na noite de sábado, 8/6, no Estádio Kyle Field, no Texas. O primeiro dos últimos testes antes da Copa América mostrou um time que pouco brilhou no jogo coletivo, mas contou com talentos individuais para abrir e ampliar o placar. Em falhas defensivas, porém, o time mexicano buscou o empate, que só não permaneceu por gol de Endrick nos acréscimos.
Dorival Júnior ousou na ideia de teste antes da Copa América. O técnico escalou um time completamente diferente dos que começaram na última Data Fifa, contra Inglaterra e Espanha. Assim, Vinicius Jr. e Rodrygo, por exemplo, começaram no banco. Endrick também não iniciou o jogo entre os 11 do time alternativo, dando lugar ao estreante Evanilson.
Os titulares de fato devem jogar desde o início na próxima partida, contra os Estados Unidos, na quarta-feira, dia 12, no Estádio Camping World, em Orlando. Também neste sábado, a seleção americana perdeu por 5 a 1 para a Colômbia.
Andreas Pereira, que comemorou o retorno à seleção após seis anos, na primeira convocação de Dorival, e agradou o treinador, deu mais motivos para continuar a vestir a amarelinha. O camisa 19 cumpriu a instrução técnica de explorar o espaço entre as linhas mexicanas. Foi ali, que logo aos cinco minutos, ele recebeu passe de Savinho para tirar dois marcadores e abrir o placar em chute na entrada da área.
O primeiro tempo, contudo, concentrou a emoção nesses primeiros minutos. O restante mostrou um confronto físico na intermediária do campo e um jogo econômico em criatividade. Centroavante, Evanilson por vezes tentou buscar a bola próximo de Ederson e Douglas Luiz. Na transição ofensiva, Martinelli e Savinho tiveram poucas tentativas de arrancar em velocidade, como era esperado dos jogadores escalados nas pontas do ataque.
Por outro lado, ainda que a equipe que foi a campo nunca tenha jogado junto antes, o time demonstrou certa harmonia na defesa. É bem verdade, porém, que os defensores brasileiros contaram com o campo do Estádio Kyle Field, menor (100mx64m) em relação à metragem tradicional (105m68m) e que dificultou a procura por espaços.
Sem mudanças nos nomes em campo, Dorival orientou que Yan Couto avançasse, permitindo que o ponta da direita jogasse por dentro. O segundo tempo, no entanto, começou na mesma tônica até que um lançamento de Militão encontrou Yan Couto, que invadiu a área e deu um passe de presente para Martinelli para ampliar o placar, em lance que consagrou a mudança tática do treinador.
Dorival promoveu os ingressos de Pepê, Lucas Paquetá e Endrick. O atacante ex-Palmeiras mostrou vontade e conseguiu criar uma chance de gol logo no primeiro lance, o que já superou todo tempo de Evanilson em campo. A seleção brasileira, porém, continuou com dificuldades em criação coletiva. Diferente do time mexicano, que buscou mais o ataque com as entradas de Vega e Pineda.
Quem se consagrou desta vez foi o técnico Jaime Lozano. Vega recebeu de Antuna após saída errada de Paquetá e cruzou para Quiñones descontar. Lance semelhante poderia já ter acontecido antes, já que a seleção brasileira pecava na saída de bola.
Vinicius Júnior e Bruno Guimarães ingressaram logo em seguida, em substituições planejadas já antes do gol mexicano. O camisa 7 elevou o ânimo dos torcedores, de maioria mexicana. Mais do que o astro campeão da Liga dos Campeões com Real Madrid e cotado para a Bola de Ouro, Vinicius elevou o nível da partida, fazendo corridas diagonais e aproximando-se de Endrick. Os dois farão parte do mesmo ataque na equipe merengue após a Copa América e já demonstram entrosamento.
O jogo coletivo brasileiro permaneceu ineficiente. As falhas defensivas cobraram novamente, com empate de Guillermo Ayala, após escanteio mexicano e defesa de Alisson. O empate por 2 a 2 nos acréscimos seria um banho de água fria, mas a nova dupla madrilenha desequilibrou: Vinicius Júnior cruzou e Endrick cabeceou para salvar a seleção brasileira.
*Com informações da Agência Estado