Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O escritor amazonense Vitor Gusmão alcançou o segundo lugar no 20° Concurso Estudantil de Poesia do Festival de Cenas Teatrais (Fescete), um dos maiores festivais teatrais do Brasil. Com o poema “Filho da Amazônia”, Gusmão representou novamente a região norte em mais um concurso literário.
Gusmão foi vice-campeão na categoria estudantil universitária. O concurso possui quatro categorias: ensino fundamental 1 e 2, ensino médio e ensino universitário.
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O Concurso Estudantil de Poesia do Fescete tem como objetivo estimular a poesia entre as novas gerações. Em 2024, o evento teve como tema “Risos… e Risos, Um ato de muitas faces” e ocorreu de 14 a 28 de junho. Após esse período, foram entregues os troféus e divulgados os destaques de cada categoria.
Vitor Gusmão já possui um histórico de destaque no Fescete. Ele foi vencedor da 17ª edição com o poema “Antepassados” e vice-campeão na 18ª edição com “Terra dos Mil Encantos”. Agora, com mais um reconhecimento, ele reforça sua posição como um dos talentos literários do norte.
Cada vencedor de categoria recebe o Troféu Iracema Paula Ribeiro, símbolo de excelência no concurso.
O Festival de Cenas Teatrais (Fescete) é promovido pela escola de teatro TESCOM em parceria com a prefeitura de Santos (SP) e o Governo do Estado de São Paulo. O evento ocorre anualmente na cidade de Santos, litoral de São Paulo.
Poema premiado
“FILHO DA AMAZÔNIA”
Autor: Vitor Gusmão
Eu sou filho da Amazônia
E tenho o sangue dessa terra
E tudo o que ela carrega
Está marcado na minha alma
A sangria da seringueira
Está no pulsar do meu coração
E as suas lágrimas tão brancas
Me deixam cheio de emoção
Os seus rios de águas doces
Me acalmam serenamente
E de maneira reconfortante
Alimentam as minhas raízes
As suas paisagens encantadoras
Trazem uma grande paz de espírito
E as vozes vindas da natureza
Tornam tudo ainda mais divino
A sua fauna que é tão diversa
Se complementa com a sua flora
E são esses elementos tão marcantes
Que tornam a Amazônia tão exuberante
Eu sou filho da Amazônia
E estou ligado com a minha terra
E os traços marcados pelo meu rosto
Revelam a minha herança como caboclo