Nicolly Teixeira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após um ano de suspensão por falta de recursos públicos, o Festival de Ópera do Amazonas (FAO) está de volta. Em sua 26ª edição, o evento — considerado um dos mais importantes da América Latina no gênero — acontecerá entre os dias 15 de abril e 18 de maio, em dois palcos históricos de Manaus: o Teatro Amazonas e o Centro Cultural Palácio da Justiça, ambos localizados no Centro da capital.
Em 2024, o festival foi cancelado após um decreto estadual que reduziu gastos públicos e suspendeu o evento devido à ausência de patrocínios. Neste ano, no entanto, o FAO foi viabilizado com recursos captados por meio da Lei Rouanet, patrocínio do Bradesco e apoio das empresas Innova e Swarovski.
Cooperação internacional e agenda sustentável
A programação da 26ª edição inclui três óperas, três concertos e dois recitais, que também integram o projeto de cooperação internacional “Corredor Criativo da Amazônia”. O objetivo é promover o festival em escala global e inseri-lo na agenda ambiental e cultural da região amazônica.
Além do Brasil, o projeto envolve instituições culturais da Colômbia, Portugal e Áustria, fortalecendo laços culturais e ambientais entre os países parceiros.
Programação
O festival será aberto no dia 15 de abril, às 19h, com a estreia da ópera contemporânea “La Vorágine”, baseada no romance histórico colombiano de José Eustasio Rivera. A trama se passa durante o ciclo da borracha, retratando personagens que saem da Colômbia em direção a Manaus, então em seu auge econômico. A obra é uma coprodução Brasil-Colômbia e marca a entrada do país vizinho no Corredor Criativo da Amazônia.
Outros destaques da programação incluem:
- A ópera em concerto La Bohème, de Giacomo Puccini
- A montagem de As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart
- O concerto lírico Oca à la Rossini
- Os recitais Belcanto e Canções Brasileiras
Ingressos e produção local
Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Teatro Amazonas e pelo site shoppingressos.com.br. A maioria dos profissionais envolvidos na produção do festival é de Manaus, e muitos deles trabalham há mais de 15 dias na montagem dos espetáculos, figurinos e ensaios, que ocorrem nos próprios palcos do Teatro Amazonas e do Palácio da Justiça.