Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Um homem de 53 anos foi preso acusado de abusar sexualmente da filha dos 12 até os 16 anos. A vítima acabou engravidando duas vezes do abusador e era constantemente ameaçada pelo pai.
Segundo informações da titular da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma, os abusos começaram quando a vítima tinha 12 anos e foi morar com o pai para cuidar dos dois irmãos.
O homem falava que “queria saber se ela ainda era virgem” e depois disso os abusos aconteciam constantemente. No relato da vítima, o crime acontecia quando as outras crianças estavam dormindo ou quando ela ficava sozinho com o pai.
“O abusador usava de várias artimanhas para enganar a vítima. Um pai que deveria cuidar dessa menina obrigava ela a manter relação sexual com ele”
Juliana Tuma, delegada
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A vítima sofria frequentemente ameaças do pai, que caso falasse alguma coisa teria a “língua cortada” e os irmãos também eram usados para ameaçar a vítima. Os três filhos também eram agredidos pelo pai com “pancadas” e “pauladas”, de acordo com a delegada.
Gravidez
A vítima engravidou aos 14 anos e, durante o período os abusos pararam. Porém, ela sofria constante agressões físicas, além de também ser obrigada pelo acusado a tomar remédios abortivos com a intenção de que ela perdesse a criança.
Ela também foi coagida a dizer que havia engravidado na escola. A outra gestação ocorreu aos 16 anos. O abusador afirmava que iria “cuidar” das crianças, com objetivo que nenhuma dela denunciasse os abusos.
Aos 22 anos ela decidiu denunciar o pai e também contar o ocorrido para a família que segundo a delegada não sabia do fato. O caso foi investigado pela polícia, entretanto somente em setembro de 2020, foi expedido o mandado de prisão. Ele estava foragido e foi capturado na segunda-feira, 10/6 passou por exame de corpo de delito e deve seguir para a penitenciaria púbica. Onde vai cumprir a pena de 37 anos de prisão.
Atualmente a mulher tem 30 anos, ela e as crianças frutos do abuso, foram encaminhadas para auxílio psicológico e seguem fazendo tratamento.