Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – No estado de Ohio, nos Estados Unidos, Frank Tyson morreu no hospital após uma abordagem truculenta de policiais americanos. O homem negro tinha 53 anos. O vídeo da ação foi divulgado nessa quinta-feira, 25/4.
Mesmo após ser detido e algemado dentro de um bar, ele disse várias vezes que não conseguia respirar, pois um dos polícias estava com a perna no pescoço dele.
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Frank Tyson era suspeito de deixar o local de um acidente de trânsito. No dia 18 de abril, um carro bateu em um poste e uma pessoa que passava pelo local disse aos políciais que o motorista havia ido em direção ao bar.
Na taverna próxima estava Frank Tyson, que foi abordado pelos policiais, os quais agiram de forma agressiva. O vídeo foi gravado pela câmera corporal de um dos agentes, mas as imagens só foram divulgadas agora.
No registro da câmera de monitoramento, os policiais jogam Frank Tyson no chão enquanto tentam algemá-lo. A tentativa de imobilização dura mais de cinco minutos. Dá para ver os policiais apoiando o joelho sobre o pescoço dele.
Apesar dos apelos da vítima, os agentes continuam com o abuso de autoridade e, somente quando percebem que ele está sem pulso é que tentam reanimá-lo, com ele já desacordado.
George Floyd
Em 2020, um caso de repercussão internacional foi de George Floyd, também assassinado durante uma abordagem policial. A frase “eu não consigo respirar” se tornou o lema de movimentos contra abusos policiais contra a população negra, como o “Black Lives Matter”.
O assassinato de George Floyd gerou uma grande onda de protestos contra a violência da polícia e o racismo nos EUA.
Nove minutos e 29 segundos chocaram o mundo há exatos quatro anos. Um vídeo feito com celular por um pedestre em Minneapolis, nos Estados Unidos, se tornou um documento do terror.
Ele mostrava o policial Derek Chauvin pressionando o joelho contra o pescoço de George Floyd, que, por sua vez, implorava para que pudesse respirar e pedia ajuda à mãe. Em decorrência disso, segundo a conclusão da autópsia, Floyd ficou inconsciente e morreu.
O crime desencadeou protestos contra o racismo e a violência policial que acabaram ultrapassando as fronteiras dos EUA. Em muitas cidades americanas, o estado de emergência decorrente daquele 25 de maio de 2020 durou dias ou semanas.
A raiva acumulada ao longo de décadas de assédio cometido por policiais brancos e a frustração com o racismo estrutural incansavelmente denunciado irromperam em revoltas violentas, barricadas em chamas e cidades do interior devastadas.