Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Moabe, de 26 anos, que agrediu a filha de apenas dois anos, foi preso em uma residência próximo ao lago do Janauari, no município de Iranduba, região cujo acesso é somente de barco. Por não aguetarem mais o cerco, os próprios familiares disseram à polícia onde o homem estava escondido.
Segundo o delegado adjunto da Delegacia Especializada Em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Paulo Benelli, as buscas pelo agressor se deu após a equipe contatar os familiares dele, para que informassem o paradeiro do homem, que inconformado com o fim do relacionamento com a ex-companheira, mãe do bebê, tomou a filha sem o consentimento da mulher e fugiu com a filha para o bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus.
Na presença da avó da criança, o homem atirou o bebê ao chão e a espancou deixando menina com afundamento de crânio. Ela agora está internada em estado grave no Hospital e Pronto Socorro da Criança, Joãozinho, situado na zona Leste.
“Esta é a segunda prisão dele, que já foi preso por violência doméstica. Os familiares contaram que não estavam mais aguentando o cerco e queriam entregar o agressor. A equipe pediu ajuda da delegacia fluvial, já que ele estava em uma área rural, que só tinha acesso de barco. Por volta das 15h, conseguimos localizá-lo. Ele não ofereceu resistência”, contou o delegado Paulo Benelli.
O delegado informou, ainda, que a avó da criança viu toda a ação, e que o homem atirou com força a filha de cabeça ao chão. “Ele jogou a menina no chão, e em razão da queda, teria machucado a cabeça e o rosto. Mas estamos investigando ainda qual o tipo de agressão, porque analisando a criança, não foi só uma queda”, disse o delegado adjunto da Depca.
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A mãe da menina mostrou à polícia mensagens trocadas com Moabe. As mensagens confirmam que ele agiu por vingança. Em um dos trechos, ele diz que a mulher é a culpada de a criança ter ficado machucada. E ainda insinua que preferia ter a mãe espancada no lugar da filha.
Com a prisão, Moebe deve responder por maus-tratos infantil, crime esse previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os Peritos do Instituto Médico Legal devem realizar exame de corpo de delito na criança ainda no hospital onde está internada para juntar ao processo.