Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O venezuelano Luis Domingo Siso, de 60 anos, denunciado pelo incêndio que causou a morte de três pessoas em agosto de 2022, em uma lotérica situada no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, Centro de Manaus, vai a Júri Popular no dia 18 de setembro no Fórum Henoch Reis.
Luis responde pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Atualmente ele está preso preventivamente. Conforme o inquérito policial, o homem agiu sozinho no ataque criminoso que resultou na morte de Carlos Henrique da Silva Pontes, de 50 anos; Henison Diego da Silva Mota, de 33 anos; e Stefani do Nascimento Lima, de 23 anos. Das vítimas graves, apenas Andrielen Mota de Assis, de 35 anos, sobreviveu.
Todas as vítimas eram funcionários da casa lotérica, e estavam trabalhando quando Luis Domingo chegou ao local em um táxi, descarregou um galão de 60 litros com combustível e ateou fogo no local.
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Os investigadores ouviram o frentista que vendeu os 60 litros de gasolina para Luis e o taxista que o levou ao posto de gasolina e depois o deixou na casa lotérica no dia do incêndio. As testemunhas afirmaram que em nenhum momento desconfiaram do homem, que não apresentou nervosismo algum diante do que estava pretendendo.
A promotora de Justiça, Clarissa Moraes Brito, que assinou a denúncia contra Luis, afirmou que as vítimas do incêndio não puderam se defender.
Entenda o caso
De acordo com o delegado titular do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Marcelo Martins, o suspeito alegou que tinha um bilhete premiado. Ao receber uma resposta negativa, ele tentou atear fogo no local e foi preso.
“Ele foi impedido por seguranças, na época. Foi preso e colocado em liberdade depois de ter sido autuado em flagrante. Agora, dois anos depois, no mesmo contexto, achamos que ele tenha tentado fazer a mesma coisa. Acredito que seja uma espécie de delírio dele, essa questão de bilhete premiado”, disse o delegado.
Naquele dia, o homem foi agredido após o ato por um grupo de pessoas e ficou gravemente ferido, conforme apontam relatórios médicos. No dia 23 de agosto, a juíza Eline do Amaral Pinto, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, manteve a prisão do homem.