Redação Rios
RIO DE JANEIRO – Icônico massagista do Flamengo, Adenir Silva, o seu Denir, morreu nesta segunda-feira, 1º/1, aos 75 anos, após uma dura batalha contra um câncer no cérebro, doença diagnosticada em 2022. Ele era considerado um patrimônio do clube, que lamentou a perda nas redes sociais.
“Perdemos um dos nossos. Adenir Silva, o nosso Deni, nos deixou aos 75 anos. Um pilar de nossos valores, um símbolo máximo do rubro-negrismo, um griô em vermelho e preto. Poucas são as palavras capazes de definir um homem que se tornou ídolo da Maior Torcida do Mundo sem jamais ter entrado em campo como atleta do clube. Desde 26 de outubro de 1981 – até a eternidade -, o Flamengo foi e é Deni. Por 42 anos, dois meses e cinco dias, o Manto Sagrado foi cuidado com o capricho, a altivez e a sabedoria de um guardião apaixonado por nossas cores e por quem somos. Que sempre nos lembremos de Deni quando nos lembrarmos do Flamengo – sempre foram e para sempre serão sinônimos”, disse.
Denir trabalhou no Flamengo por 42 anos e foi diagnosticado com a doença após passar mal durante um treino realizado no CT Ninho do Urubu. Ele foi levado ao hospital e precisou passar por uma cirurgia para retirada do tumor, com o acompanhamento dos médicos do clube.
Após o procedimento, o massagista foi ao Centro de Treinamento do Flamengo e acabou sendo recebido com aplausos por funcionários e jogadores, que beijaram as suas mãos, cena que foi repetida diversas vezes por Gabigol durante sua passagem pelo clube rubro-negro. Denir recebeu também inúmeras homenagens, incluindo na final da Copa Libertadores da América de 2022, frente ao Vélez Sarsfield, quando foi lembrado pelo ex-capitão Diego Ribas.
Denir esteve no grupo do Flamengo durante a conquista de 36 títulos, incluindo oito Campeonato Brasileiros, duas Libertadores e um Mundial. Em 2021, foi ele quem ergueu a taça de campeão carioca, uma homenagem dos jogadores ao massagista.
Nascido em Nova Iguaçu, no dia 20 de setembro de 1948, trabalhou também em quatro Copas do Mundo, sendo três pela seleção brasileira. Durante a pandemia, ele chegou a ser afastado por fazer parte do grupo de risco, voltou, viveu grandes momentos, mas não resistiu a um câncer no cérebro.
*Com informações da Agência Estado