Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Desde o início do Big Brother Brasil (BBB 24), Isabelle e Davi formaram uma conexão forte dentro da casa. No entanto, recentemente, essa amizade tem sido posta à prova devido a algumas atitudes questionáveis por parte de Davi.
Apesar de já terem enfrentado desafios juntos, incluindo Isabelle deixando claro que seu jogo é individual, Davi tem demonstrado sinais de pressão sobre a sister. Durante a festa na madrugada de domingo, 25/2, marcada pela presença de Joelma e Xande de Pilares, a tensão entre os dois amigos atingiu um outro nível.
Além disso, o comportamento de Davi tem sido descrito como desconfiado e possessivo, especialmente em relação à interação de Isabelle com outros participantes da casa. A postura controladora do baiano tem levantado preocupações sobre a amizade entre os dois.
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Em uma conversa com Matteus, Davi expressou sua incompreensão em relação às outras amizades de Isabelle, questionando sobre possíveis segredos e motivações por trás delas.
“Mas por que eu não posso saber? O que é segredo? Quem será que tá por trás disso? Será que ela espera alguma coisa de lá e também de mim?”, disse Davi.
Esses episódios têm sido interpretados como sinais de uma amizade tóxica. Em outro momento, Raquele e Isabelle estavam abraçadas quando o brother interviu: “Isabelle, tu não falou que queria ficar sozinha? Queria tomar banho e dormir?”, disparou Davi.
Como identificar uma amizade tóxica?
Em resposta ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a psicóloga Déborah Pacheco afirmou que é necessário reconhecer os limites e evitar ser refém de laços emocionais prejudiciais.
“A primeira coisa que devemos ter é a maturidade emocional dos nossos limites e buscas. Um amigo tóxico estabelece uma relação de dependência emocional e busca estabelecer uma relação de co-dependência de seus objetos amados, com a finalidade de manter nutrida uma forma de amor pêndulo, criando um ciclo doentio de culpa e reparação, que alimenta as necessidades de ego daquele que busca manter seu objeto de desejo próximos e sobre seu domínio”, explica Pacheco.
No entanto, a especialista ressalta que uma amizade saudável é um estímulo para o autodesenvolvimento, e impulsiona o outro a ser melhor. Já uma amizade tóxica, acaba por potencializar nossas inseguranças.
“O amigo tóxico não nos leva a nossa melhor versão, não os permite crescer sempre trabalha em cima das nossas inseguranças e medos, no intuito de mantermos nele os ‘momentos’ de felicidade que é regrado numa dose de ‘reconhecimentos’ regados a ilusão de que tudo melhora quando ele está ao seu lado e a falsa ilusão de dependência”, disse a psicóloga.
Mas a psicóloga ressalta que não há uma fórmula definitiva para lidar com amizades tóxicas, é preciso entender que cada situação tem um contexto diferente. Para isso, Déborah sugere a psicoterapia para aprender a lidar melhor com essas situações.
“Portanto, não há uma lista do que fazer se compreendermos que dicas podem servir para situações distintas. A melhor solução então seria a psicoterapia, quando me percebo com medo de perder pessoas”, disse Pacheco.
Limites saudáveis
Déborah enfatiza a importância de priorizar o próprio bem-estar e buscar o autoconhecimento. Ao ter autonomia na escolha de nossas relações, podemos evitar armadilhas emocionais e se afastar do que não faz bem.
“Buscando para si o autoconhecimento e maturidade emocional, somos nós que escolhemos a quem empoderar em nossas vidas, quando tornamos ou selecionamos alguém como fonte de felicidade tendenciamos ao fracasso pois não temos como controlar ao outro”, ressaltou a especialista.
A psicóloga destaca que uma amizade de verdade é aquela que é capaz de ouvir e suportar os processos, respeitando limites saudáveis.
“Um amigo verdadeiro te ouve, então a solução é uma conversa franca, só permanece em nossa vida os que superam e suportam processos. Amizade é relacionamento portanto devem ter limites, respeito, parceria e liberdade. Se a relação te priva de uma dessas coisas, às vezes, o mais saudável é não insistir naquilo que te adoece. Se afaste desse tipo de pessoa”
Déborah Pacheco, psicóloga
Relato de amizade tóxica
A estudante de marketing, Thainá Ribeiro, compartilhou sua experiência com uma amizade que parecia inabalável. Inicialmente, ela descreveu uma relação de confiança mútua e parceria.
“Eu tinha um amigo em que eu gostava muito e confiava muito também, tínhamos uma boa relação e éramos muito parceiros para tudo, ou seja, tudo que eu precisava ele sempre estava ali e vice-versa”, contou a estudante.
No entanto, o cenário mudou gradualmente quando novas amizades apareceram. Thainá notou um distanciamento, alimentado por conflitos decorrentes das interações com essas “novas amizades”.
O afastamento resultante não foi uma evolução natural, mas sim um processo marcado por mentiras e brigas, que afetaram a sua saúde emocional.
“Com o decorrer do tempo começamos a conhecer novas pessoas e aconteceram algumas situações com as ‘novas amizades’ em que fomos nos afastando, e isso me decepcionou muito”, disse Ribeiro.
O que mais a abalou foi a descoberta de que a confiança que depositava em seu amigo não era recíproca. Ela revela que o maior motivo foi as “mentiras e brigas”, que poderiam ter sido resolvidas de outra forma.
“Não foi um afastamento saudável e sim um afastamento que foi causado por muitas mentiras e brigas, que estavam me fazendo mal, coisas muito pesadas e muito difíceis de serem perdoadas. Foi tóxico pois essa pessoa me passava confiança, e no fim não era confiável“, contou a estudante.
Essas situações transformaram a amizade de ambos em uma relação tóxica e prejudicial. Para Thainá, a decepção não veio apenas do afastamento, mas da maneira como ocorreu.
“Essa pessoa preferiu acreditar em outras pessoas e se envolver em histórias que não eram reais, de pessoas que queriam me afetar e de fato conseguiram. A forma como tudo aconteceu me abalou bastante, eu não conseguia mais continuar com aquela amizade”, disse a estudante.