Redação Rios
Taquicardia, falta de ar, mal estar e dores em partes do corpo são alguns dos principais sintomas das crises de pânico, um dos principais focos da campanha nacional Janeiro Branco, de conscientização para a importância da saúde mental e emocional, e que segundo a Organização Mundial de Saúde, afeta o cotidiano de mais de 6 milhões de brasileiros.
Apesar dos sintomas semelhantes, o professor e psiquiatra Fernando Spolidoro, alerta que é preciso diferenciar a síndrome, do transtorno e ambas da ansiedade, para que o paciente receba o tratamento adequado para cada caso.
Spolidoro atende em média, uma dúzia de pacientes com síndrome por mês, enquanto os casos de transtorno são de um a cada dois meses, explica que a síndrome é provocada por problemas de saúde, como doenças psiquiátricas, neurológicas, endócrinas, hormonais, e também pelo consumo de medicamentos e substâncias como energético, café ou drogas ilícitas.
“Quando os sintomas de pânico não podem ser explicados por outras doenças e fatores externos, então avaliamos como transtorno, doença incomum que necessita da assistência de um psiquiatra titulado”, explicou ao acrescentar que a ansiedade ‘normal’, é fisiológica e comum no cotidiano da maior parte das pessoas, e funciona como uma adaptação a situações e atividades específicas de sua rotina.
Tratamento
O especialista ressalta que nas crises de transtorno, o paciente sofre agressivamente com os sintomas a ponto de ter a nítida sensação que poderá morrer, o que debilita ainda mais sua recuperação entre as crises, que são mais espaçadas que nos casos de síndrome.
Segundo Spolidoro, com o tratamento adequado é possível controlar entre 80% a 90% dos sintomas. Além da psiquiatria, que visa diagnosticar e medicar o paciente, o tratamento é feito em outras duas esferas: terapia psicológica ou psicanálise e terapia cognitiva comportamental.
*Com informações da assessoria