Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A jogadora Sabrina Souza, 21 anos, foi fotografada enquanto amamentava seu filho, Matteo Benício, de apenas 6 meses, momentos antes de entrar em campo como atacante do time Internacional (AM), em Presidente Figueiredo, a 125 quilômetros de Manaus.
A partida aconteceu nesse domingo, 1º/12, e foi válida pelo campeonato Figueiredão Delas, inspirado no Barezão Delas. O registro foi compartilhado no Instagram da Federação Amazonense de Futebol (FAF).
A jogadora Sabrina, em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, destacou que apesar das dificuldades, é importante perseverar e continuar lutando por seus sonhos, reforçando que os filhos não devem ser vistos como impedimento.
“Sempre gostei de jogar e nunca deixei nada me impedir, nem mesmo quando o meu pequeno, Matteo, nasceu. Pelo contrário, ele me dá força e me motiva a ser melhor do que sou. Desde sempre, minha rede de apoio tem sido minha irmã, Gabriele, e, de vez em quando, algumas colegas do time. Não é fácil conciliar o jogo e os cuidados com o meu filho, especialmente nos momentos decisivos, quando preciso sair porque ele está chorando. Mas desistir nunca passou pela minha cabeça”, afirmou Sabrina.
Segundo o presidente do Campeonato Municipal Feminino de Presidente Figueiredo, Robson Eloi, que registrou o momento, o campeonato feminino incentiva a participação das jogadoras, principalmente das que são mães. Ele destacou a importância de apoiar as atletas.
“A Liga Esportiva de Presidente Figueiredo é filiada à Federação, e temos o apoio para realizar os campeonatos. Eu mesmo tirei a foto, fui até ela e pedi autorização. Achei muito especial, porque estamos fortalecendo o futebol feminino. Muitas mães deixam os filhos em casa, mas quando não podem, trazem para a beira do campo”, explicou Robson.
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Ele também ressaltou que o campeonato é um espaço aberto para jogadoras, incentivando a inclusão e mostrando o impacto positivo da liga. Que os filhos já crescem inseridos no esporte com exemplos das mães.
“Tem crianças maiores, de 6, 7, 8 anos, que acompanham as mães nos jogos. É inspirador ver as mães em campo e os filhos ali ao lado, chamando por elas. Durante os intervalos, as mães conversam com as crianças, e elas crescem vendo essas figuras como exemplo. Isso fortalece o esporte e a relação familiar”, enfatizou o presidente.