Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O velório de Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, foi neste sábado, 15/6, em um cemitério da Vila Nova Galvão, em São Paulo. A morte do jovem tem repercutido nas redes sociais, desde sexta-feira, 14, e ocorreu quando ele marcou um encontro amoroso por um aplicativo gay.
Leonardo foi encontrado ferido na última quinta-feira, na rua Rolando, na zona Sul da capital paulista, atingido por disparos. Ele foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro do Hospital Itapiranga, mas não resistiu aos ferimentos.
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Segundo a polícia, Leonardo Rodrigues Nunes marcou o encontro na noite do dia dos namorados. Ele compartilhou a localização com um amigo, mas, depois que Leonardo não respondeu até o horário combinado, o colega registrou um boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas.
Após o registro do boletim de desaparecimento, a polícia apurou que o jovem chegou a ser socorrido ao Pronto Socorro do Hospital Ipiranga, onde morreu.
Comoção
Nas redes sociais, internautas subiram a hastag #justiçaporleo. Dessa forma, a mãe dele, Adriana, também se pronunciou em seu Instagram.
“Meu coração sangra de receber uma notícia monstruosa dessa. Meu filho era uma pessoa maravilhosa. Um ser humano iluminado, incapaz de fazer maldade a qualquer pessoa ou animal. Essa luta agora é minha, aliás é nossa. Comunidade Lgbt vamos pra cima. Tá doendo demais. Hoje não recebi sua mensagem de bom dia! Tá difícil. A ficha não caiu. Pq meu Deus?”, desabafou a mãe.
A mãe de Leo recebeu inúmeras mensagens de apoio e solidariedade: “Adriana querida, meus pensamentos estão com você. Não te conheço mas não há nada mais sagrado do que o amor de uma mãe pelo filho, espero que encontre alento e conforto nessa dura e cruel jornada que a vida te forçou. Mais um aqui com você.”, “Forca minha querida, a comunidade inteira [LGBTQIAPN+] lamenta sua perda, nos tbm perdemos uma parte nossa. vamos em busca de justiça”.
Em 2019, a criminalização de homotransfobia foi equiparada ao crime de racismo, ou seja, qualquer tipo de discriminação e preconceito que ligue a identificação de gênero ou a sexualidade de qualquer pessoa é igualado ao crime de racismo.
O caso ocorrido em São Paulo levanta a suspeita de Homofobia. Em conversa com o portal RIOS DE NOTÍCIAS, em maio deste ano, a escritora drag e poetisa slam, Aritana Tibira informou que as mortes e violência por LGTBfobia não tem dados na capital amazonense.
“Não tem nenhuma instituição que trabalhe com isso diretamente, então não tem dados concretos, apenas notícias separadas, mas nenhuma coleta a respeito do quantitativo de violências e de mortes”, explicou Aritana.