Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Justiça determinou que a Prefeitura de Manaus adote medidas emergenciais para conter a cratera na rua Conde, Núcleo 23, no bairro Cidade Nova, formada após um deslizamento de terra e denunciada novamente pelo portal RIOS DE NOTÍCIAS nesta quinta-feira, 13/2. O desmoronamento ocorrido no dia 12 de maio de 2024 continua deixando os moradores em estado de alerta.
A decisão assinada pelo juiz de direito Gonçalo Brandão de Sousa, atende o processo movido pelo morador do local, Mauro Augusto Brito Risuenho, na qual exige que o município inicie os reparos em até 48 horas e providencie abrigo temporário para os moradores afetados, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, podendo chegar a R$ 30 mil, em caso de descumprimento.
A decisão judicial ressalta a gravidade da situação, com registros de aumento da cratera e danos a imóveis, especialmente no período chuvoso. “O perigo de dano está presente no risco de desabamento da residência. Em que pese o parecer da Semseg ter negado o risco eminente de desabamento, verifica-se aumento no tamanho da cratera com piora em períodos chuvosos”, destaca trecho da decisão.
A situação também foi denunciada pelo vereador Sargento Salazar (PL), que acompanhou o caso e colaborou no pedido dos moradores à prefeitura. “O mais engraçado é que o prefeito leu a mensagem governamental essa semana na Câmara e parecia que eu morava nos Estados Unidos, enquanto a cidade está um caos“, criticou o parlamentar.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS esteve na região nesta semana e conversou com Mauro Augusto sobre o avanço da erosão, que continua a comprometer a estrutura da rua e das casas próximas, sem que nenhuma providência tenha sido tomada.
“A cada dia a situação piora. O desbarrancamento só aumenta, e as dificuldades ficam maiores. Até o momento, a prefeitura não tomou nenhuma providência. Estamos muito preocupados porque o período chuvoso continua, e a rua hoje está comprometida, com rachaduras e trincas nas beiradas. A casa do meu vizinho já sofreu danos, o depósito de material foi destruído, e a igreja da comunidade está totalmente comprometida”.
Mauro Augusto, autônomo


A equipe de reportagem também esteve no local no dia 13 de maio de 2024, um dia depois do incidente que fez o muro de contenção no final da rua cair, abrindo a enorme cratera na área. Na época, os moradores também informaram que, aproximadamente um ano antes do desabamento, já haviam alertado a Defesa Civil e outros órgãos competentes sobre o risco de colapso.