Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma mulher identificada como Lismara Freire da Silva, 33, e a companheira dela Marta dos Santos Costa, 31, foram presas nessa quarta-feira, 24/4, por suspeitas de agredir até a morte um menino de apenas 4 anos, em Manaus.
Isaac Emanuel Freire Monteiro era filho de Lismara e deu entrada na tarde de quarta-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Rodrigues, na avenida Camapuã, no bairro Novo Aleixo, zona Norte, com várias lesões pelo corpo, costelas e bacia fraturadas, sinais de abuso sexual e tortura, além da presença de um grampo na cabeça.
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Ambas foram conduzidas por policiais militares da 27ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) até a Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca) para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Por meio de suas redes sociais, a delegada Joyce Coelho, titular da unidade policial, comentou sobre o assunto.
“Mãe e madrasta alegaram que a criança caía constantemente, apresentando justificativas totalmente incompatíveis com as lesões. Tortura constante que resultou na morte. Agora chegam informações tardias sobre a suposta agressividade da madrasta e as constantes brigas do casal”, escreveu a delegada.
Durante seu depoimento, Marta relatou que cuidava do menino quando a genitora estava no trabalho. Segundo ela, Isaac já estava doente há alguns dias e acabou caindo no banheiro e lesionando a costela.
Já Lismara, contou à polícia que chegou a perceber as marcas de agressão em seu filho dias antes. Mas que teria acreditado no relato de sua companheira, de que ele teria se machucado no banheiro.
Ainda no depoimento, as duas disseram que o levaram a unidade de saúde, após Marta perceber que ele estava desfalecendo e ficando roxo. Ela acionou a mãe e a aguardou chegar em casa, para só então leva-lo a UPA.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que ambas foram autuadas em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, tortura majorada e estupro de vulnerável e serão encaminhadas à audiência de custódia, onde ficarão à disposição da Justiça. As investigações continuarão a fim de esclarecer o crime.
“Estamos impactados e devastados com o aumento da violência contra crianças. A conclusão é a de sempre: Não basta só a repressão e responsabilização do autor da violência. As crianças precisam de atenção antes de serem vítimas fatais”, destacou Joyce Coelho na publicação.