Elen Viana – Rios Notícias
MANAUS (AM) – Três pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, nessa terça-feira, 26/11, durante a Operação Renorcrim. A ação também resultou na apreensão de mais de R$ 60 mil em espécie, armas e seis veículos, incluindo três de luxo.
Segundo informações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), a operação teve como objetivo o cumprimento de diversos mandados de busca e apreensão contra integrantes de facções criminosas. Essa é a primeira fase da operação, que ocorre em âmbito nacional. De acordo com a investigação, os criminosos adquiriam carros de luxo para lavar dinheiro obtido de forma ilícita.
“Cerca de 20 equipes participaram da ação. Esta foi a primeira fase da operação, com o cumprimento de 32 medidas cautelares. Os principais alvos foram os indivíduos responsáveis pela parte financeira. Foram mais de cinco meses de organização. A origem desse dinheiro é ilícita, vem do tráfico de drogas, e eles o transformam em dinheiro lícito por meio de movimentações e compra de bens, como carros de luxo. É um trabalho de inteligência”, explicou o delegado-geral Bruno Fraga, da Polícia Civil.
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O delegado Mário Paulo, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), destacou que as investigações continuam. Ele apontou que o dinheiro apreendido foi encontrado em residências nos bairros Tarumã, Santa Etelvina e zona Sul de Manaus.
O delegado alerta que pessoas, físicas ou jurídicas, que emprestam contas bancárias para transferências de valores ilícitos, cientes ou não do crime, podem ser investigadas por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
“Foram três presos, dois por porte ilegal de arma de fogo e um por tráfico de drogas. As investigações apontam que eles têm apoio direto nas organizações criminosas que operam em Manaus, atuando na logística operacional. Isso resultou em uma grande apreensão de bens e dinheiro”, afirmou Mário Paulo.
A operação foi coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com a participação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado (CGOI) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi).