Gabriela Brasil – Rios de Notícias
SUZANO (SP) – Após ser abordada por assaltantes na porta da escola onde trabalhava, uma professora identificada como Cintia Patrício reagiu e lutou com os criminosos para não perder o celular. Isso porque o aparelho guardava fotos de seu filho que morreu. O caso aconteceu no município de Suzano, região metropolitana de São Paulo.
O momento do assalto foi registrado pela câmera de segurança do colégio. Pelo menos quatro assaltantes atacaram a professora na entrada do estacionamento da escola. Conforme Cintia, a ação foi executada de forma rápida, ao ponto de ficar confusa e achar que era uma brincadeira de estudantes.
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“Demorei a entender porque pensei que fosse algum ex-aluno. ‘Perdeu, professora. Perdeu’. Ele não falou com agressividade, falou manso”, disse Cintia à Record TV.
Ao perceber que na verdade era um assalto, a professora lembrou das fotos do filho armazenadas no celular, e entrou em desespero com medo de perder as lembranças guardadas no aparelho. Seu filho Heitor morreu há um ano e meio, aos 5 meses, de uma grave doença cardíaca.
“Gritei: ‘Meu filho morreu. Meu filho, meu filho. Eu preciso das fotos’. Aí a minha resistência, que na hora a gente não pensa. Eu sei que é errado, a gente não deve reagir. [Queria] resgatar as lembranças do meu filho, que no dia seguinte faria 1 ano 5 meses que havia partido”, explicou Cintia Patrício.
Na época do tratamento, a criança entrou na fila de transplante de coração, no entanto, morreu antes de receber o órgão de um doador.
Apesar de Cintia ter reagido à ação criminosa, os assaltantes levaram seu celular, o carro e outros itens do trabalho como computador e impressora. O carro continua desaparecido e não possui registro.