Gabriela Brasil – Rios de Notícias
RIO DE JANEIRO (RJ) – Na noite da véspera de Natal, 24/12, o foragido Luís Antônio da Silva Braga, de 44 anos, também conhecido como Zinho, se entregou à Polícia Federal e foi preso. Apontado como o criminoso mais procurado no Rio de Janeiro, é conhecido por liderar um grupo que atuava na zona Oeste da capital fluminense.
Ele se apresentou aos agentes da Delegacia de Repressão e Drogas (DRE-PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gise/PF), na superintendência regional da corporação. A prisão de Zinho veio após diversas negociações entre a Polícia Federal, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rios de Janeiro e seus advogados.
Nas redes sociais, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que a prisão do miliciano é resultado do trabalho de inteligência de policiais, e foi realizada sem “nenhum tiro”.
“As ações recentes da PF no Rio de Janeiro demonstram que estamos no caminho certo. Trabalho de inteligência e integração com a PRF, a Força Nacional e as Forças Armadas fechando o cerco sobre organizações criminosas. Outros resultados virão”, disse.
Ao todo, Zinho possuía 12 mandados de prisão em aberto, sendo foragido desde 2018. Após se entregar, ele foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste do Rio de Janeiro, em uma unidade de segurança máxima.
A secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou, em nota, que o criminoso era considerado “inimigo número 1” do Estado.
“Essa é mais que uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos, com prisões, apreensões e bloqueio financeiro, e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo”, disse governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Quem é Zinho
Após a morte de seu irmão Wellington da Silva Braga, o Ecko, Zinho passou a comandar a maior milícia do Rio de Janeiro.
As investigações apontam que Zinho era envolvido com associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Ainda conforme as ações da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, a partir da Operação Dinastia 2, o miliciano cobrava taxas para cada obra do setor da construção civil.