Alita Falcão e Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Primeira mulher a presidir o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), a conselheira Yara Lins apresentou na manhã desta sexta-feira, 6/10, denúncia pelos crimes de injúria, ameaça e tentativa de tráfico de influência, na Delegacia Geral, localizada na zona Oeste de Manaus.
Segundo a presidente eleita, ela foi chamada de “vadia” pelo conselheiro Ari Moutinho, durante a eleição para a presidência da Corte de Contas, na última terça-feira, 3.
“Não temo ameaça, peço justiça e que tomem as providências devidas”, disse conselheira Yara Lins durante coletiva com a imprensa.
Essa pode ser a primeira vez na história do TCE-AM que um conselheiro enfrenta um processo de quebra de decoro.
A especulação sobre a motivação da atitude misógina contra a presidente eleita gira em torno de Ari ter sido cotado para assumir a presidência da Corte para o biênio 2024/2025. Durante votação, Yara foi aclamada presidente.
Detalhes da denúncia
Antes do início da votação no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) da terça-feira, 3/10, o conselheiro Ari Moutinho proferiu palavras ofensivas contra a conselheira Yara Lins. O episódio, que foi registrado em vídeo, mostra Ari chamando a conselheira de “vadia”.
No vídeo em questão, é visível o momento em que o conselheiro Ari Moutinho ridiculariza a conselheira Yara Lins, utilizando palavras de baixo calão e ameaças diretas a sua integridade física e moral. A atitude foi amplamente condenada, e pedidos que sejam tomadas medidas enérgicas.
A postura reprovável do conselheiro Ari Moutinho exige uma punição, de acordo com a gravidade das acusações e o impacto negativo que elas têm na instituição e na sociedade em geral.