Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma mulher, que não teve sua identidade confirmada, denunciou através das redes sociais um abuso de poder por parte de policiais militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) durante uma blitz realizada na sexta-feira, 14 de março, na avenida Buriti, no Distrito Industrial I, zona Leste de Manaus.
A condutora relatou ter sido vítima de abuso de autoridade durante a abordagem. Segundo ela, ao ser parada por um batedor, foi informada de que seu veículo, uma pick-up Amarok, estaria com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atrasado. No entanto, após solicitar que a situação fosse verificada novamente, foi constatado que não havia pendências.
“E aí eu vim relatar aqui o abuso de poder. Eu passei por uma blitz na avenida Buriti. Estava fazendo uma entrega, como estou fazendo agora aqui, no porto. E aí eu me assustei com um batedor. Aí ele parou e falou: ‘Senhora, tem como retornar para a blitz? Porque o IPVA do seu carro está atrasado’. Eu falei: ‘Não, o IPVA do meu carro não está atrasado’. Chegando na blitz, o comandante falou: ‘Seu carro vai ser guinchado porque está com o IPVA atrasado’. Eu falei: ‘O meu carro não está com IPVA atrasado. Você tem como pesquisar novamente e me mostrar algum atraso para eu verificar?‘. Aí ele pesquisou e viu que não estava atrasado. Aí ele falou: ‘É, mas quem estava conduzindo o veículo não era a senhora'”, relatou a mulher em vídeo nas redes sociais.
A condutora afirma que, mesmo após a constatação de que não havia pendências no IPVA, os policiais alegaram que quem estava dirigindo o veículo era um funcionário que a acompanhava e que não possuía habilitação, resultando na aplicação de diversas multas.
“Eu falei: ‘Não, não era ele, era eu’. Eles insistiram nessa tese de que era ele quem estava conduzindo o veículo. E aí começou o alvoroço todo, o abuso de poder, o desacato. E tudo por parte deles, né? Dizendo que a gente estava com gracinha, que a gente estava com isso, que a gente estava com aquilo. E foi muito constrangedor.”, disse a Mulher.
A mulher ainda cobra uma melhor preparação dos policiais durante as abordagens.
“Bora treinar os policiais pra estarem na rua abordando o cidadão de bem. Bora treinar a nossa polícia, né? Pra isso, pra ir atrás de vagabundo. A gente tá aqui, tá trabalhando, né? Ganhando o pão de cada dia. Enquanto os vagabundos estão aí, né? Soltos, matando, furtando, roubando. Então, pelo amor de Deus, gente. É inaceitável o que aconteceu hoje. Eu me senti impotente”, declarou.
O portal Rios de Notícias questionou a Polícia Militar sobre a situação relatada, cobrando esclarecimentos sobre a atuação dos policiais e a confirmação das multas aplicadas, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.