Redação Rios
MANAUS (AM) – A exposição fotonarrativa “Gritos que Cegam”, produzida por alunos da Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Marquês de Santa Cruz, localizada na zona Oeste de Manaus, ganhou um novo local de instalação. Desta quarta-feira até sexta-feira, 29/11 até 1º/ 12, a exposição estará aberta para visitação do público, no Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua/Ufam), unidade 2, na Praça da Saudade, Centro.
Produzido por aproximadamente 150 alunos, o projeto já foi apresentado na escola e agora ocupará o novo local, integrando a programação do 1º Seminário de Educação Musical da Faculdade Artes, da Ufam.
Sob a orientação do professor de Artes da escola, Paulo Queiroz, a mostra reúne obras sobre temas variados propostos pelos próprios estudantes como: abuso infantil, discriminação social, desinteresse educacional, uso excessivo das tecnologias, vida sexual precoce e suas consequências e a luta contra a adicção.
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De acordo com o professor, o processo de criação foi realizado no período de um bimestre no qual os estudantes tiveram conhecimentos básicos de fotografia e pesquisaram sobre diversos assuntos. Além disso, foram os próprios alunos que conceberam as obras e realizaram os registros fotográficos.
“A exposição traz o resultado de uma prática que utiliza a fotografia como tela para um discurso. É um exercício pedagógico e estético no qual os estudantes podem aprender uma nova maneira de comunicar ideias, ao mesmo tempo em que apuram o olhar estético, sensível e curioso”, contou Paulo Queiroz, idealizador do projeto.
A estudante Heloísa Peres, do 9º ano, participou da produção da obra “Muro do Conhecimento”, que aborda os malefícios da tecnologia. A jovem falou sobre o processo de criação e desenvolvimento da fotografia.
“Tivemos toda a discussão e divisão de opiniões entre o nosso grupo sobre o texto da foto, o nome, o ambiente e a posição da imagem. Com isso, pude ter um bom resultado”, explicou a estudante.
O gestor da unidade de ensino, Crisanto Damião, destacou a importância do projeto para os estudantes.
“O projeto foi espetacular e temos que continuar trabalhando os princípios da pesquisa e da produção com os nossos estudantes, pois não é por que eles estão no Ensino Fundamental que eles não podem produzir. Pelo contrário, eles produzem e muito bem”, concluiu o gestor.
*Com informações da assessoria