Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por uso de documento falso durante as eleições municipais de 2024.
A acusação está relacionada à divulgação, em 4 de outubro, a dois dias do primeiro turno, de um suposto laudo médico que associava o adversário na corrida eleitoral, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), ao consumo de drogas. O documento, que seria um laudo médico, era falso.
A PF concluiu, por meio de perícia, que a assinatura do médico responsável pelo laudo, José Roberto de Souza, era falsa. Isso porque Souza havia falecido em 2022. A análise das assinaturas mostrou as divergências entre o documento falsificado e os padrões da assinatura original.
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Pablo Marçal, que prestou depoimento à PF nesta sexta-feira, 8, negou envolvimento na elaboração ou divulgação do material, afirmando que o laudo falso foi postado por sua equipe de redes sociais sem seu conhecimento direto.
A perícia também investigou a autenticidade do documento, mas a análise foi inconclusiva, já que o laudo não possuía elementos de segurança, como carimbos ou registros oficiais, que permitissem confirmar sua validade.
O sócio da clínica mencionada no laudo falso, Luiz Teixeira da Silva Júnior, também negou envolvimento, alegando que seu nome e de sua empresa foram usados sem sua autorização.
No entanto, Teixeira já tem histórico de condenações por falsificação de documentos, como diplomas médicos, e aparecia em fotos com Marçal usando um jaleco com o logotipo do Hospital Albert Einstein, que, por sua vez, negou qualquer vínculo com ele.
Após a divulgação do laudo, a campanha de Boulos solicitou à Justiça a prisão de Marçal e a cassação de sua candidatura, mas o pedido não foi atendido. No primeiro turno da eleição, realizado em 6 de outubro, Marçal obteve 28,14% dos votos válidos, ficando em terceiro lugar, atrás de Guilherme Boulos (29,07%) e Ricardo Nunes (29,48%).