Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Pacientes denunciam a demora no atendimento e a falta de profissionais no Instituto da Mulher Dona Lindu, localizado no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. As mulheres relatam que esperaram mais de seis horas para uma consulta médica.
De acordo com denúncias recebidas pelo Portal RIOS DE NOTÍCIAS, as pacientes relatam longas filas e descaso no atendimento. Ana Clara de Castro, de 23 anos, afirmou que nessa terça-feira, 12/11, buscou atendimento médico devido à suspeita de um início de aborto, mas foi informada de que não havia médicos disponíveis para realizar os procedimentos.
“Cada funcionário me dava uma informação diferente. Quando cheguei lá, disseram que não havia prova de que eu estava grávida, então precisaria primeiro passar por um ginecologista e depois fazer um exame beta. Cheguei às 11h e só fui atendida às 17h, esperando, passando mal e até vomitei. Fui muito mal atendida pelos profissionais. Precisei gravar a situação para que tomassem alguma providência, e só depois consegui atendimento”, relatou Ana Clara.
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Ela também destacou que em agosto, já havia procurado atendimento na mesma unidade e não obteve suporte médico. “Não fui atendida, fui embora sem atendimento, isso foi em agosto do ano passado. Fiquei sentada chorando, esperando com muita dor. Desta vez, precisei fazer vários escândalos para ser atendida”, afirmou.
A estudante de fisioterapia Tatiana Ribeiro, de 39 anos, também buscou atendimento médico e foi informada de que os médicos estavam em horário de almoço e só retornariam após duas horas, sem outros profissionais disponíveis
“Cheguei às 10h30 da manhã com muita dor, fizeram exames e não havia profissionais para atender. Depois de muito questionar disseram que os médicos estavam almoçando e só voltariam após as 14h. Muitas mulheres e mãezinhas esperando, sem ninguém para atender. Um hospital de referência com um atendimento assim é desumano com as pacientes. Fui atendida depois das 16h, mesmo com dor e sagrando muito”, disse Tatiana.
A estudante ainda mencionou que o elevador da unidade estava danificado e que os pacientes em macas estavam sendo transportados pelas escadas.
Resposta
Em resposta ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a direção do Instituto da Mulher Dona Lindu informou que a unidade, assim como todas as maternidades do Estado, segue o protocolo de classificação de risco em Obstetrícia, definido pelo Ministério da Saúde.
“Ao dar entrada na unidade, a paciente passa por uma avaliação inicial, para identificação da classificação de risco e tempo mínimo de espera. A direção reforça que o profissional de saúde que fica na triagem, está sempre atento a alterações na queixa inicial da paciente e, se for necessário, nova classificação é feita. A unidade dispõe de uma Ouvidoria para receber críticas, denúncias e sugestões sobre os atendimentos”, esclareceu.