Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Maria do Carmo Seffair, pré-candidata do Partido NOVO à Prefeitura de Manaus, disse em entrevista à Rádio RIOS FM 95,7 que “política não é emprego, não é algo em que você se perpetue.” A empresária, doutora em Direito e reitora da Fametro, detalhou sua trajetória e motivações para ingressar na política.
Seffair afirmou, igualmente, que acredita na limitação dos mandatos a cinco anos. Para ela, a busca incessante pelo poder é um traço inerente ao ser humano.
“Eu defendo a mudança porque o ser humano tem sede de poder. Precisa de muito trabalho para se despir disso. Não basta a pessoa ser eleita e tentar a reeleição de quatro em quatro anos, quando sai ainda quer deixar um sucessor. Isso é uma coisa muito mesquinha, muito perigosa, que tem dado péssimos resultados. Hoje, nós estamos reféns de grupos políticos, de certos ‘caciques’ que manipulam e monopolizam. Em todo o lugar a alternância de poder é salutar.”
Maria do Carmo Seffair, pré-candidata à Prefeitura de Manaus.
Temas relacionados à ideologia política, participação feminina nos espaços de poder e propostas para um novo código político receberam resposta franca de Maria do Carmo durante a entrevista. A pré-candidata também abordou a necessidade de mudança no sistema político brasileiro, destacando a importância de uma gestão pública eficiente e comprometida com resultados.
Observadora da vida pública
Questionada sobre sua entrada na política, Maria do Carmo explicou que sempre foi uma observadora atenta da vida pública e que acredita no dever de cada cidadão em fiscalizar e participar ativamente do contexto em que vive.
Segundo ela, sua decisão de se tornar pré-candidata foi motivada pelo cenário de degradação que testemunhou ao longo dos últimos 20 anos, com mais da metade da população vivendo em estado de miséria – o que a levou a sentir a necessidade de agir em prol de uma mudança efetiva.
“Nós temos sido fustigados por administrações incompetentes nos últimos 20 anos. O resultado está na cara. E não adianta fazer propaganda, pintar a rua, passar um branquinho nos meios-fios e a cidade estar um lixo. A gente tem que começar a questionar isso. O que vale é o que é, não o que aparenta”, ressaltou Maria do Carmo.
A pré-candidata destacou a necessidade de uma gestão pública eficiente e comprometida com o interesse coletivo, enfatizando que a política deve ser encarada como um serviço público.
Direita-Raiz
A empresária afirmou categoricamente sua posição à direita liberal. Segundo ela, é essencial considerar as necessidades das pessoas, além do assistencialismo, fomentando riquezas e criando novas oportunidades de emprego.
“Tenho todos os atributos que me qualificam como uma candidata de direita liberal, que tem suas características muito específicas… porque, na verdade, é isso que todo mundo almeja: ter um emprego para sustentar sua família, conseguir ter seu patrimônio e seus bens. O que não pode é a gente querer escravizar as pessoas eternamente, pois quando você se preocupa só com o social, sem fomentar riquezas e criar novas matrizes econômicas para gerar emprego, é como se você as tratasse como pedintes. Isso é indigno”, criticou.
Mulher na política
Sobre a participação feminina na política, a pré-candidata expressou sua esperança em ser uma representante efetiva das mulheres. Ela ressaltou que, embora as mulheres sejam a maioria do eleitorado feminino e nas universidades, ainda não se sentem plenamente representadas.
“Talvez as mulheres não se sintam muito representadas por outras mulheres. E espero que eu venha a ser, de fato, a representante das mulheres. Sou uma mulher que trabalha, independente, que luta, vai para rua, mas quando chega em casa, tem que dar conta. Não tem jeito. E nesse sentido, penso que as mulheres já deveriam ter ocupado esse espaço. Nós somos a maioria do eleitorado feminino. Somos a maioria nas universidades. Mulheres têm essa capacidade de dar conta de múltiplas funções, múltiplas formas de trabalhar”, destacou Seffair.
A pré-candidata também explicou a importância de uma gestão voltada para resultados, tanto no setor público quanto no privado, enfatizando a necessidade de priorizar políticas eficazes que beneficiem diretamente a população.
“Eu tenho investido em fazer educação política para os jovens dentro da faculdade há cinco anos. Temos um núcleo para isso. Porque são as escolhas políticas que vão fazer a diferença na nossa vida. E a cada dia há a necessidade de se integrar esse exercício de cidadania”, afirmou.