Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O nível do Rio Negro chegou nesta segunda-feira, 9/9, aos 17,73 metros, em Manaus. Com o ritmo acelerado de vazante, o afluente está perto de atingir a média que serve como métrica para a interdição de banho na Praia da Ponta Negra, zona Oeste.
De acordo com dados divulgados pelo Porto de Manaus, o Rio Negro registrou nos últimos sete dias uma média de descida de 26 centímetros, estando agora a 1,73 metro para atingir a medida de segurança para o fechamento do balneário.
Conforme um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2013, que prevê medidas de segurança para o Complexo Turístico da Ponta Negra, a interdição para banho no balneário deve ocorrer quando o nível do Rio Negro atingir 16 metros.
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Com acesso gratuito, a Ponta Negra é o principal balneário da capital amazonense. A praia pública atrai dezenas de pessoas ao local todos os dias e milhares durante o fim de semana. Neste período de verão amazônico, a praia costuma ficar lotada de banhistas.
Em 2 de outubro de 2023, ano em que o Rio Negro registrou sua maior seca da história, com 12,70 metros, um laudo assinado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), recomendou o fechamento da praia. Segundo o documento, o aumento brusco de profundidade coloca em risco a vida de banhistas.
Após revitalização, a obra de aterro realizada em 2018 para aumentar a extensão da praia artificial gerou uma superfície irregular, conforme o documento. Com isso, houve um aumento de profundidade em toda a extensão, contribuindo para a elevação do risco para os usuários da praia durante a vazante.
Ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a Prefeitura de Manaus ressaltou por meio de nota, que monitora a vazante do Rio Negro juntamente com os órgãos de segurança, além de acompanhar dados técnicos, visando o bem estar dos banhistas da Praia da Ponta Negra.
“A prefeitura, por meio do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), expediu ofício solicitando acompanhamento e um laudo do Serviço Geológico do Brasil (SGB) sobre as condições de balneabilidade e do movimento natural do leito do rio, com a subida e descida das águas“, destacou a nota.