Redação Rios
MANAUS (AM) – A Prefeitura de Manaus emitiu um alerta sobre a baixa cobertura da vacinação contra a febre amarela na cidade. A febre amarela é uma das principais doenças endêmicas da região amazônica, e pode ser prevenida por meio vacina disponível na rede pública de saúde, gratuitamente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Manaus apresenta baixa cobertura vacinal para a febre amarela, atualmente com um índice de 66,04% entre menores de um ano, distante da meta de 95% definida pelo Ministério de Saúde.
Esse cenário contribui para o risco de ocorrência de novos casos, e a secretária municipal de saúde, Shádia Fraxe, orienta pais e responsáveis a levarem seus bebês a partir de nove meses para receber a vacina em qualquer unidade básica de saúde da cidade.
“A cobertura vacinal baixa significa que temos muitas crianças desprotegidas, mesmo sendo a vacina contra febre amarela uma das principais dentro do calendário infantil. A doença pode evoluir para casos graves, com risco de morte, mas é possível evitar isso bastando apenas que os pais levem suas crianças ao posto de saúde”, afirma Shádia.
A idade indicada para aplicação da dose inicial da febre amarela é aos nove meses e que a dose de reforço deve ser feita aos quatro anos.
No entanto, ressalta, que caso a criança não tenha sido vacinada neste período, poderá receber as duas doses até os cinco anos de idade, sendo que o intervalo mínimo entre as duas aplicações seja de 30 dias. Dos cinco anos até o fim da vida adulta, a dose única é suficiente para assegurar a proteção contra a doença.
A vacinação contra a febre amarela ganha importância na medida em que casos confirmados da doença foram relatados em cidades no Amazonas e em localidades vizinhas do Estado nas últimas semanas, por meio de comunicados de risco de órgãos de vigilância em saúde.
Doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, que evolui rapidamente com gravidade variável, tendo como sintomas febre, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos) calafrios, cefalalgia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos.
A doença é causada pelo vírus amarílico, transmitido pela picada de mosquitos transmissores infectados, não havendo transmissão de pessoa para pessoa.
A transmissão pode ocorrer na forma silvestre, por meio de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, encontrados em áreas de mata; ou na forma urbana, tendo como vetor o Aedes aegypti, mesmo mosquito que transmite a dengue.
Segundo a gerente do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Manaus), Graziela Andrade das Neves, o último registro de transmissão da doença na forma urbana é de 1942, mas a febre amarela silvestre é uma doença endêmica na região amazônica, onde ocorre em um padrão sazonal.
“A maior parte dos casos incide no período entre dezembro e maio, com surtos que ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão”, explica a gerente.
*Com informações da assessoria