Redação Rios
BRASÍLIA (AM) – A atividade econômica brasileira recuou 2% em maio, esse é o pior resultado para o mês em cinco anos, atrás somente de 2018, quando caiu 3,08%. Já os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram a estimativa de inflação para 2023 e aumentaram as projeções para o PIB, segundo nova edição do boletim focos, divulgada nesta segunda-feira, 17/7.
Na comparação com maio do ano passado, o nível de atividade econômica apresentou uma alta de 2,15%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o avanço é ainda maior: 3,61%. Em 12 meses, a prévia do PIB subiu 3,43%, índice considerado mais estável que a medição mensal.
Economia deve crescer 2,23% em 2023
Os economistas do mercado financeiro projetaram um crescimento maior da economia brasileira em 2023, em relação a estimativa da semana passada. Os dados constam no boletim Focus publicado hoje pelo Banco Central. Pelas estimativas, o Produto Interno Bruto deve avançar para 2,24%, ante 2,19%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período. A melhora na perspectiva para a atividade econômica ainda acontece na esteira do forte avanço de 1,9% no PIB brasileiro no primeiro trimestre. Resultado esse, puxado pela agropecuária, que avançou 21,6% no período: a maior alta desde o quarto trimestre de 1996.
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Inflação no mesmo patamar
Depois de oito semanas consecutivas de redução, os economistas ouvidos pelo Boletim Focus mantiveram a expectativa de inflação para este ano em 4,95%. Mesmo assim, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue acima do teto da meta perseguida pelo BC, que é de 4,75%. A meta (3,25%) pode oscilar até 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Na semana passada, o IBGE divulgou que em junho o Brasil registrou uma deflação de 0,08%. O resultado levou o acumulado de 12 meses para 3,16%, abaixo do centro da meta. A queda foi puxada pelos menores preços nos grupos Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%).
Taxa Selic
O mercado financeiro manteve a projeção para a taxa básica de juros no fim de 2023 em 12%. Atualmente, a Selic está 13,75%, o maior patamar em seis anos e meio. A expectativa dos economistas é que haja uma redução de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom em agosto. Para o fim de 2024, a estimativa para a Selic ficou estável em 9,5% ao ano; e em 9% em 2025.