Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A lutadora de jiu-jitsu Jussana de Oliveira Machado teve a prisão em flagrante convertida para preventiva, na tarde deste sábado, 19/8, após decisão da Juíza de Direito Eulinete Melo Tribuzy, durante audiência de custódia, no Fórum Henoch Reis, situado na avenida Paraíba, no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus. Na decisão, a magistrada afirmou que “há indícios suficientes de autoria do fato delituoso e prova da materialidade”.
A informação foi do presidente de prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), Alan Jhonny, que junto com os membros do Conselho Seccional e ainda o presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça, acompanharam o Juízo de Custódia, uma vez que o advogado Ygor de Menezes Colares foi vítima de agressão e baleado na tarde dessa sexta-feira, 18, no condomínio Life, localizado no bairro Ponta Negra, na ocasião em que tentava apartar sua funcionária e babá de seu filho, uma mulher de 40 anos, que estava sendo espancada por Jussana Machado.
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Jussana é esposa do investigador da Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, que também lutador de artes marciais, e entregou a arma para a mulher, que atirou no advogado Ygor Colares. O lutador de jiu-jitsu e policial foi gravado por moradores incentivando as agressões. E na ocasião, foi ele quem deu um soco no rosto do advogado. O caso foi registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
O presidente de prerrogativas da OAB-AM, Alan Jhonny, considerou a mulher como pessoa de alta periculosidade, e criticou a atitude das autordades policiais, que foi caracterizada por ele como corporativismo, uma vez que foi o policial que entregou a arma para sua mulher e também quem agrediu o advogado Ygor Colares.
Alan Jhonny disse, ainda, que o Ministério Público do Amazonas (MPAM) desaprovou a atitude do delegado plantonista do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), que mesmo tendo flagrado todos os envolvidos, decretou a prisão em flagrante somente para Jussana e fragmentou os fatos em favor do policial Raimundo Nonato Machado, que “deveria também ter sido encaminhado para a audiência de custódia, pois se trata de um lutador de artes maciais e não apenas um policial”.
O investigador da Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado assinou somente o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por lesão corporal, praticada contra o advogado.
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O Presidente da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça, reafirmou o compromisso da instituição em garantir que nenhum crime contra advogados e contra vítimas como a babá envolvida fique impune. Ele afirmou que a justiça será feita “sim”.
O presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB-AM, Alan Johnny, reforçou que o caso não passará impune e, a OAB-AM vai encaminhar à corregedoria da Polícia Civil um pedido de afastamento cautelar e exoneração policial civil Raimundo Nonato Machado.