Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Miguel dos Santos Gonçalves, de 24 anos, foi preso nessa quarta-feira, 16/10, suspeito de matar o colega de trabalho Gerlande Silva de Sena, de 43 anos, com tiros de espingarda e um golpe de machado na cabeça.
O crime ocorreu no dia 17 de dezembro de 2023, no ramal do Pau Rosa, quilômetro 21 da rodovia federal BR-174. Ambos trabalhavam como caseiros em um sítio na localidade.
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Na ocasião, autor e vítima estavam ingerindo bebidas alcoólicas e tiveram um desentendimento. Durante a briga, Miguel golpeou Gerlande com um machado na cabeça e também disparou contra ele.
A mãe do suspeito, que não quis se identificar, alegou que ele agiu em legitima defesa.
“Miguel se entregou, ele confessou e disse que não queria ficar com peso na consciência. Ele [Gerlande] atirou e tentou matar o meu filho e ele se defendeu, foi legítima defesa”, declarou a mãe do suspeito.
O crime
Conforme o Delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, o autor do crime se apresentou na delegacia na semana passada e confessou sua autoria no delito.
“Ele confessou que teria matado o próprio colega de trabalho, ambos eram caseiros em um sítio. Lá eles tiveram um desentendimento, e ingeriram muita bebida alcoólica. Na ocasião, a vítima se armou com uma espingarda e atirou contra Miguel que teve que correr para uma região de mata”, explicou Cunha.
De acordo com a autoridade policial, Miguel disse que após o ataque, teve uma crise de raiva e quis se vingar. Ele aguardou a vítima ir dormir e foi quando ocorreu o assassinato.
“Ele se armou com um machado, golpeou a cabeça da vítima até ficar desacordada. Utilizando a própria espingarda usada para caça, efetuou disparos na cabeça da vítima. Não satisfeito, ele foi para uma região de difícil acesso para ocultar o cadáver”, contou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia não recebeu informações sobre o desaparecimento da vítima, e a família não tinha conhecimento do que havia acontecido, uma vez que ele sempre trabalhou em áreas rurais.
O corpo de Gerlande estava enterrado em uma região de difícil acesso e distante do local do crime. “O corpo era somente a ossada, e agora passa por exames de DNA para confirmar a identidade da vítima”, contou o titular da especializada.
Além disso, Cunha ressaltou que ao se entregar, o suspeito declarou não conseguir mais esconder o fato. “Ele não conseguia conviver com essa atitude e resolveu colaborar com a Justiça para que fosse responsabilizado”, disse.