Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “Eram amigos extremamente próximos”, afirma a delegada Marília Campello sobre o caso da morte do sargento da Polícia Militar Elizeu da Paz de Souza, que foi morto com a própria arma após Mayc Vinicius Parede disparar contra a cabeça da vítima.
Segundo informações da delegada Marília Campello, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5/11, Mayc e Elizeu eram amigos de longa data.
Leia também: Sargento morre após ser baleado na cabeça durante corrida por aplicativo em Manaus
O sargento confiava no amigo e costumava entregar sua arma a ele, ambos estavam bebendo juntos desde as 14h do domingo, 3.
“A prisão de Mayc Vinicius, que é o suspeito de ter praticado o homicídio contra Elizeu da Paz, ocorreu após tomarmos conhecimento de que eram conhecidos e já haviam sido investigados como suspeitos e agora réus em outro processo. Ontem [4/11] recebemos a notícia de que Elizeu estava internado com morte cerebral decretada, iniciando-se o protocolo que dura algumas horas para confirmar o óbito. Eles estavam juntos por volta de 1h40 da manhã, e Elizeu estava visivelmente sob efeito de álcool, cambaleando muito”, disse a delegada.
A delegada destacou que ambos haviam brigado meses antes e retomado a amizade há pouco tempo. Mayc Vinicius se apresentou na delegacia acompanhado de advogados, afirmando temer represálias, mas nega o crime e permanece em silêncio sobre as acusações.
“No interrogatório hoje (terça-feira), ele se reservou o direito de permanecer em silêncio e falará somente em juízo, o que é um direito dele. Outra testemunha relatou que uma desavença afastou suspeito e vítima por alguns meses. Apesar de serem muito amigos, com uma relação de extrema confiança, eles passaram um período brigados e retomaram a amizade recentemente. Mayc nega o crime e permanece em silêncio”, afirmou a adjunta.
Leia mais: Suspeito de matar sargento Elizeu da Paz é preso em Manaus
A vítima foi morta durante uma corrida de aplicativo, que durou pouco tempo, Mayc permaneceu em silêncio, após disparar contra a vítima, disse ao motorista do app: “me deixa aqui, me deixa aqui” e fugiu a pé. Depois de fugir, ele descartou a camisa suja de sangue e a arma em um terreno.
O motorista acionou as autoridades e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou os primeiros socorros. A vítima foi levada ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, onde permaneceu em estado grave, mas acabou não resistindo aos ferimentos e faleceu.
A Polícia Civil (PC-AM) segue investigando o caso para identificar a motivação do crime, e laudos periciais ainda são necessários para avançar nas conclusões do caso.