Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Um estudo pioneiro realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), revelou que a saúde do Rio Negro, mesmo diante de uma seca severa à frente, tem bons resultados com base no Índice de Qualidade da Água (IQA) adaptado para o tipo de corpo hídrico.
Segundo a investigação dos cientistas, no segundo maior afluente do Rio Amazonas foram 18 pontos classificados como ótimos, 30 como bons e dois como aceitáveis, indicando uma média de 84 pontos para os 50 locais amostrados na pesquisa, estando no limite máximo da categoria “boa”.
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As amostras foram coletadas em intervalos de 14 quilômetros entre Manaus e Santa Isabel do Rio Negro ao longo de 700 quilômetros do rio. Apesar da seca extrema, apenas dois dos 50 pontos de coleta receberam nota “aceitável”, todos os outros foram avaliados em “bom” ou “ótimo”.
O Índice de Qualidade das Águas engloba aspectos físico-químicos e microbiológicos para diagnosticar o estado de um corpo hídrico como os rios. São nove parâmetros para ilustrar cinco classificações de péssima a ótima qualidade. Quanto mais próximo de zero, pior é a qualidade da água.
Durante 12 dias, os pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas navegaram pelo rio Negro em um barco-laboratório, com o objetivo de desenvolver o primeiro Índice de Qualidade das Águas (IQA) para um rio amazônico.
Ao longo da jornada, os cientistas coletaram amostras de água do rio, na qual passaram por análise dos dados coletados, sendo utilizado os nove parâmetros de qualidade que compuseram o novo IQA.
Embora os resultados sejam encorajadores, análises individuais também destacam pontos de atenção nos trechos próximos a áreas urbanas e comunidades, o que sugere a necessidade de melhorias no saneamento básico.