Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A seca desse ano revelou um ‘parque natural’ próximo à ponte no Rio Negro, local agora frequentado por várias pessoas para realizar atividades físicas, caminhadas e pedaladas, alguns ainda utilizam a região para banho.
As imagens que circulam nas redes sociais mostram uma vasta área verde que atrai a atenção por quem passa pela região, anteriormente coberta pelo rio que banha a capital amazonense.
“E a seca que criou um parque natural do outro lado da ponte, hoje fui gravar um conteúdo e tinha gente pedalando, correndo e banhando”, reiterou um internauta nas redes sociais.
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Em Manaus, o período de seca iniciou ainda em junho, quando o rio começou a baixar de forma ininterrupta. Historicamente, a estiagem inicia entre a última semana de junho e as primeiras semanas de julho.
‘Canaranas’
Outro fenômeno interessante ocorreu ano passado após a estiagem. Ao invés de uma área verde decorrente da seca, ilhas de vegetação surgiram na orla da capital amazonense com a subida das águas.
O fenômeno, após a estiagem histórica, é denominado “canaranas ou capim marreca”. As plantas aquáticas ganharam destaque e foram registradas em diversos pontos da orla da capital na época.
O professor de Biologia, André Menezes, explica que o fenômeno pode ser elucidado de maneira simples: “quando os rios secam, o solo fica bastante nutritivo e propício para o desenvolvimento dessa vegetação. Com a cheia, essas espécies de plantas se desprendem e aglomeram próximas às faixas de terra”.