Vitória Freire- Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) se tornou, oficialmente, pré-candidato a prefeito de Manaus nesta sexta-feira, 22/3. Após receber o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar convocou uma coletiva de imprensa para comunicar a notícia.
Na ocasião, Alberto Neto não apontou nenhum vice-candidato, teceu críticas à gestão de David Almeida (Avante) e defendeu o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, preso por porte ilegal de alma em fevereiro deste ano.
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Ao ser questionado a respeito de possíveis vice-candidatos para a sua chapa, Alberto Neto optou por deixar o presidente da legenda, Alfredo Nascimento, responder por ele. À imprensa, Alfredo informou que Bolsonaro sugeriu o lançamento da pré-candidatura de Alberto Neto de modo individual – isto é, sem definir um vice-candidato.
“Nenhuma candidatura majoritária pode sair na frente dizendo que tem candidato a prefeito e a vice. Qual é o candidato a prefeito que já tem o vice acertado e divulgado? Porque não se fecham as portas quando se faz política”
Alfredo Nascimento, presidente do PL.
Anteriormente, Alberto havia anunciado uma chapa puro-sangue com o aliado e amigo de Bolsonaro, Coronel Alfredo Menezes, que não se consolidou.
Outro momento-chave do pronunciamento do político se baseia, igualmente, nas críticas que ele direcionou à gestão do atual prefeito David Almeida (Avante). Segundo Alberto Neto, David é seu adversário natural, por estar “na máquina administra”.
“Todo mundo que é pré-candidato a prefeito de Manaus é meu adversário. Quem está na máquina é um pré-candidato natural. Manaus caiu 64 posições no ranking de competitividade. Isso mostra pouca transparência na gestão da atual prefeito”
Capitão Alberto Neto, pré-candidato a prefeito.
No evento, além de Alfredo, os deputados Débora Menezes e Delegado Péricles também estavam presentes.
“Xerife do Brasil”
Em momento próximo ao fim da coletiva, o ex-policial militar também se referiu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como “xerife do Brasil” e disse desaprovar a decisão do magistrado responsável pela prisão do presidente do diretório nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.
“O ministro Alexandre de Moraes se considera o xerife do Brasil. O Valdemar tinha uma arma antiga, de família, uma pepita de ouro avaliada em R$ 10 mil. Se fosse qualquer pessoa, ela pagaria a fiança e iria responder em liberdade. Não deram o mesmo direito para ele”, disse.
Valdemar esteve detido, contudo, por apenas três dias no mês passado. O ministro Alexandre de Moraes optou por acatar o parecer da Procuradoria Geral da República, que recomendava a concessão de liberdade condicional devido à idade avançada do político, que tem 74 anos.