Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) -Com o período natalino, as bicicletas elétricas têm ganhado destaque na preferência dos consumidores, refletindo um crescimento de 46,8% na produção no Polo Industrial de Manaus (PIM) em 2024. De janeiro a novembro, foram fabricadas mais de 16 mil unidades, alcançando o maior volume já registrado pelas empresas associadas ao PIM.
Esse dado é revelado por um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). De acordo com a pesquisa, a Mountain Bike (MTB) foi o modelo mais produzido em números absolutos, com mais de 191 mil unidades saindo das linhas de montagem do PIM neste ano, o que representa 56,1% do total produzido. Em segundo lugar, ficaram as bicicletas da categoria Urbana/Lazer, com mais de 19,6% da produção (mais de 6.300 unidades), seguidas pelas Infantojuvenis, com mais de 54 mil unidades (16%).
Ainda de acordo com a Abraciclo, a região Sudeste foi a que mais recebeu bicicletas produzidas no Polo Industrial de Manaus, com 182.904 unidades, o que representa 53,6% da produção total. O Nordeste ocupou a segunda posição, com 55.650 bicicletas (16,3%), enquanto o Sul ficou em terceiro, com 45.560 unidades (13,3%).
O Norte, embora sendo a região produtora, aparece em penúltimo lugar no consumo, com 28.817 unidades (8,4%), seguida pelo Centro-Oeste, com 28.515 bicicletas (8,4%).
Em relação ao levantamento mensal, a tendência se manteve: o Sudeste continuou como líder, com 15.550 bicicletas (52,8%), seguido pelo Nordeste (4.247 unidades e 14,4%) e pelo Sul (4.103 bicicletas e 13,9%). O Centro-Oeste ficou em quarto, com 2.807 unidades (9,5%), e o Norte em quinto, com 2.744 bicicletas (9,3%).
Consultoria sobre mercado e logística
O consultor financeiro Alon Hans explicou por que o Sudeste do país lidera as compras das bicicletas produzidas no Amazonas. “A concentração da demanda na região Sudeste, com uma participação de 53,6% nas compras, reflete sua maior densidade populacional e alto poder aquisitivo. Por outro lado, o Norte, apesar de ser a região produtora, ocupa a penúltima posição com 8,4% da produção, o que pode ser explicado pelo menor poder de compra local e pela falta de incentivos à mobilidade ciclística”, explicou.
Hans também mencionou desafios logísticos que podem afetar o mercado interno. “O transporte de bicicletas para outras regiões pode enfrentar entraves logísticos, especialmente em comparação com produtos importados, o que pode impactar o preço e a distribuição no mercado”, concluiu o especialista.