Redação Rios
MANAUS (AM) – O técnico de vôlei Walhederson Brandão Barbosa foi condenado, nesta quarta-feira, 19/2, a 78 anos, 6 meses e 12 dias de prisão pela Justiça do Amazonas, após ser reconhecido culpado pela exploração sexual de 11 atletas adolescentes que estavam sob sua orientação.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), revelou que Barbosa se aproveitou de sua posição de treinador para induzir, atrair e submeter seus alunos adolescentes à prostituição.
Início das Investigações e Prisão
A investigação foi iniciada após a polícia receber uma denúncia anônima sobre a circulação de um vídeo entre alunos de uma escola pública, no qual o técnico aparecia em cenas de relações sexuais com dois adolescentes. Os abusos ocorreram na residência de Walhederson, em Manaus.
O técnico foi preso em novembro de 2023, durante a Operação Bloqueio da Polícia Civil, realizada pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). A prisão temporária foi inicialmente prorrogada e, após análise judicial, convertida em prisão preventiva.
Leia também: Suspeito de integrar grupo criminoso é preso por roubos a residências em Manaus
Em 5 de maio de 2024, a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra Walhederson Brandão Barbosa. Após a apresentação da defesa, o Juízo analisou as evidências e concluiu que não havia fundamentos para a absolvição do réu.
Agora, Walhederson Barbosa deverá pagar R$ 5 mil de indenização a cada uma das 11 vítimas. A promotora de Justiça Marcelle Cristine de Figueiredo Arruda destacou a coragem das vítimas ao denunciarem o agressor. Ela afirmou: “Essa é a melhor forma de garantir que ele não fique impune por seus atos cruéis, além de prevenir que outras crianças e adolescentes se tornem vítimas de abusadores e exploradores.”
Sobre o caso
Walhederson foi preso em novembro de 2023, durante a Operação Bloqueio, realizada pela Polícia Civil com o apoio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Na ocasião, o técnico morava com seis adolescentes, sendo que dois deles, ambos com 15 anos, estavam dormindo na mesma cama que Walhederson. A investigação também revelou que o acusado oferecia oportunidades para ascensão na carreira esportiva, como testes fora do estado, em troca de relações sexuais.
*Com informações da assessoria