Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Manaus está enfrentando uma situação preocupante com as queimadas e o fenômeno El Ninõ. Desde a noite desta terça-feira, 10/10, até a manhã desta quarta-feira, 11/10, a cidade é atingida por uma fumaça densa, que tem afetado diversas regiões da capital e comprometido a qualidade do ar.
De acordo com informações do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), os bairros localizados nas zonas Oeste, Centro-Sul, Sul, Leste e Norte estão sofrendo com uma qualidade do ar considerada ‘perigosa’ e ‘muito insalubre’.
Entre os bairros afetados estão Santo Agostinho e São Jorge (zona Oeste), Nossa Senhora das Graças, Centro e Aleixo (zona Centro-Sul), Aparecida, Colônia Oliveira Machado e Centro (zona Sul), Zumbi dos Palmares e Armando Mendes (zona Leste), além de Colônia Terra Nova (zona Norte).
A situação é alarmante devido às altas taxas de PM2.5 registradas nessas regiões. Segundo o Selva, as taxas de partículas finas PM2.5 formado por uma mistura de compostos químicos estão em níveis preocupantes, alcançando valores de 229.6 e 457.3. Essas partículas são extremamente pequenas e podem penetrar profundamente nos pulmões quando inaladas, causando danos à saúde respiratória.
Além disso, na manhã desta quarta-feira, Manaus teve a segunda pior qualidade do ar ficando atrás apenas de Kathmandu, do Nepal, de acordo com informações da AQICN que coleta a qualidade de ar em cidades no mundo.

Diversos fatores, incluindo queimadas e o fenômeno climático El Niño, causam a fumaça densa que cobre Manaus. No entanto, a região amazônica tem enfrentado esses problemas recorrentemente, afetando não apenas a saúde da população, mas também o ecossistema local.
Sintomas
Manaus enfrenta uma séria preocupação com a qualidade do ar, já que a exposição prolongada ao material particulado tem causado impactos na saúde da população. A inalação de partículas suspensas no ar pode levar a problemas sérios, especialmente para grupos sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes como asma, bronquite e rinite, ou com doenças respiratórias e cardíacas.
A população pode apresentar sintomas como irritação nos olhos, nariz e garganta, além de tosse seca, cansaço e falta de ar devido à má qualidade do ar. A inalação dessa fumaça pode ainda causar inflamação pulmonar, outras doenças pulmonares e pneumonia. Além de provocar quadros de alergias e a exacerbação de doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca.
Em dias com qualidade do ar moderada, os grupos sensíveis continuam a ser os mais afetados, com sintomas persistentes de tosse seca e cansaço.
Cuidados
Dessa forma, é necessário que a população tome medidas para proteger sua saúde. A recomendação médica é de que as pessoas voltem a utilizar máscaras de proteção para minimizar a exposição ao material particulado.
É importante manter uma boa hidratação, principalmente em crianças menores de 5 anos e idosos maiores de 65 anos. Assim como, manter os ambientes fechados, mas umidificados, com o uso de vaporizadores, bacias com água e toalhas molhadas que podem aliviar os sintomas respiratórios.
Também se faz necessário evitar atividades ao ar livre, especialmente para pessoas com problemas respiratórios preexistentes.