Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Os trabalhadores da educação e do transporte público vão paralisar suas atividades, na próxima quarta-feira, 17/5, em Manaus. Ambas as categorias alegam falta de diálogo por parte de seus empregadores, os quais não atenderam as reivindicações de reajustes salariais. Profissionais de outros municípios do interior também vão aderir à greve.
Os trabalhadores da Educação do Amazonas reivindicam 25% de reajuste salarial, o qual é obrigatório por Lei. O último reajuste ocorreu em 2021
Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas, professora Ana Cristina, o Governo do Amazonas já foi notificado sobre a greve dos profissionais da educação.
A greve foi aprovada na última quinta-feira, 11, em Assembleia realizada em praça pública, próxima ao prédio do Atlético Rio Negro Clube, no Centro de Manaus. Ao todo, cerca de 1.100 trabalhadores da educação participaram do ato.
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“Estamos organizando a capital e o interior, visitando as escolas e informando à comunidade escolar da decisão dos trabalhadores em nossa assembleia”
Professora Ana Cristina, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas
Com a comunicação ao empregador (Governo do Amazonas), o Sindicato vai aguardar três dias úteis para instalar a greve, prevista para o dia 17 de maio, em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
“O tempo que durará [a greve] dependerá de nosso empregador. A hora que abrir diálogo, suspenderemos a greve”, informou Ana Cristina.
Em nota, o Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom) informou que não deflagrou e não participou da assembleia realizada na última quinta-feira, 11. Também disseram que não irão aderir à greve marcada para o próximo dia 17 de maio.
Na última assembleia realizada pela Asprom, no dia 17 de abril, não foi possível aprovar um indicativo de greve, por falta de quórum.
Reivindicações da Educação
Segundo a representante dos trabalhadores em Educação do Amazonas, o último reajuste ocorreu em 2021. Eles reivindicam 25% de reajuste salarial, obrigatório por Lei. Também pedem plano de saúde para aposentados, aumento no valor do vale-alimentação e cumprimento das progressões verticais e horizontais.
Ao portal RIOS DE NOTÍCIAS, a presidente do Sinteam, Ana Cristina, destacou que após diversas tentativas de diálogo com o empregador, sem sucesso, a categoria decidiu paralisar todas as atividades.
“Uma vez que nós já esgotamos todas as tentativas de diálogo, a greve é o último instrumento que um trabalhador usa para negociar com o seu empregador,”.
Ana Cristina, presidente do Sinteam
Greve dos Rodoviários
Já o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus anunciou, na manhã desta sexta-feira, 12, a paralisação de 100% da frota está prevista para a próxima quarta-feira, 17.
A paralisação deve acontecer caso o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) não decida, até terça-feira, 16, sobre o reajuste salarial.
Na quinta-feira, 11, foram realizadas duas assembleias ao longo do dia para definir a greve. Conforme o sindicato, por unanimidade, os 902 trabalhadores que participaram da reunião foram favoráveis à paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, no mês de abril, todos os órgãos competentes foram notificados sobre o dissídio coletivo, mas a categoria não recebeu retorno.
“Não é o que queremos, mas se não tiver outra alternativa, os trabalhadores decidiram pela paralizaçõ do transporte coletivo. Como falei, tentamos resolver de forma harmoniosa, mas não tivemos sucesso. Agora, não tem mais jeito. A assembleia foi feita e os trabalhadores estão decididos em parar e buscar o que é seu por direito“
Givancir Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários