Redação Rios
MANAUS (AM) – Foi preso o último suspeito envolvido na morte do advogado e servidor do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Erwin Rommel Godinho Rodrigues, de 54 anos, na segunda-feira, 25/3. Edney Fernandes Vieira é suspeito de receber R$ 4 mil para fornecer o veículo utilizado no crime, além de arranjar o atirador e o motorista que executaram a vítima.
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O crime aconteceu na tarde do dia 11 de novembro do ano passado. O advogado participava de uma reunião em um restaurante, localizado na avenida Santos Dumont, na zona Centro-Oeste de Manaus. Ao sair do estabelecimento, Erwin Rodrigues foi surpreendido por ocupantes de um carro, que efetuaram o crime e fugiram do local.
A prisão foi realizada no bairro Lago Azul, zona Norte, por policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em decorrência da terceira fase da Operação Legisperitum. A delegada Marília Campello, adjunta da DEHS, explicou que o homem estava sendo investigado como participante direto do crime.
“Nós saímos em campo para cumprir dois mandados, sendo um de prisão preventiva e o outro de busca domiciliar. Na ocasião, apreendemos drogas na residência dele. Além disso, concluímos que o mesmo atuava em um grupo criminoso responsável pela comercialização dos entorpecentes naquela localidade”.
Marília Campello, adjunta da DEHS.
Segundo a delegada, o suspeito também foi flagranteado por tráfico de drogas. Ele não confessa sua participação e alega que havia vendido o veículo e não conhecia os demais envolvidos.
Mas com o desenrolar das investigações e todos os elementos coletados, foi possível verificar que sim, Edney faz parte do grupo criminoso que tirou a vida do advogado.
“Estamos dando o caso por encerrado, uma vez que todos os envolvidos estão presos. São eles o autor intelectual e mandante do crime, o executor que atirou contra a vítima, a pessoa que dirigiu o veículo e, por fim, quem conseguiu o carro. Isso tudo, graças ao empenho máximo dos investigadores da DEHS”.
Marília Campello, adjunta da DEHS.
Motivação
Em dezembro do ano passado, após a prisão de Israel da Silva Assis como mandante do assassinato, o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, contou que Israel e a vítima tinham uma relação de amizade e profissional.
Segundo o delegado, Israel teria apresentado ao advogado um cliente e eles formalizaram um contrato de R$ 1,5 milhão para regularização de terras na Bahia. As investigações apontaram que os honorários advocatícios não foram pagos e Erwin começou a cobrar de Israel a dívida. Por conta disso ele teria sido morto.
*Com informações da assessoria