Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “A Zona Franca de Manaus representa o verdadeiro oxigênio da parte de cima do Brasil”, destacou Bosco Saraiva, superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), em entrevista exclusiva concedida ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, na qual ele abordou os principais desafios e compromissos do modelo.
“Nesses 58 anos houve um revigoramento da economia, o ressurgimento das oportunidades aqui no Amazonas e na Amazônia, exatamente em função da existência desse que é o programa de desenvolvimento de maior sucesso do Brasil, o maior de todos os tempos”, apontou Saraiva.
Presente nos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre e Amapá, com incentivos fiscais, a ZFM é nacionalmente reconhecida por suas contribuições para a sustentabilidade e a geração de empregos na Amazônia brasileira, com história marcada pelo desenvolvimento da região Norte.
“Ela não só desenvolveu a nossa região como um todo, mas preservou a floresta do Amazonas, onde 97% da vegetação está mantida. Esse é o grande interesse da humanidade hoje: a questão ambiental. E nisso tudo nós somos ponta de lança. Nós somos campeões mundiais em preservação ambiental”, disse o superintendente.
Atualmente, cerca de 600 industrias não poluentes estão instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que resultam em 128 mil empregos diretos, além de abertura para mais de 450 mil trabalhadores indiretos. O crescimento constante da Zona Franca pode se confirmar pelos R$ 204 bilhões arrecadados em 2024.
“Nós temos buscado modernizar o parque industrial, avançando para a indústria 4.0, que é fundamental no processo produtivo, […] visto que, em razão da aprovação da reforma tributária, que nos beneficia muito, deverá acontecer um fluxo muito grande de empresas para cá nos próximos anos”, disse ele.

Desafios iminentes
Em seus 58 anos, a ZFM precisou se atualizar, competindo com os lobbies de diversos segmentos contrários ao modelo. Ainda assim, foi prorrogada até 2073 e resguardada na Reforma Tributária. Dessa forma, eventuais ataques não intimidam Bosco Saraiva, que está mais focado no potencial do modelo de desenvolvimento.
“Evidentemente, há grupos que continuam batendo e vão martelar muito, porque aqui é rocha, é pedra noventa. A Zona Franca é madeira de lei! Podem bater à vontade, porque nós avançamos fortemente, e a Constituição da República, junto com a regulamentação da Reforma Tributária, assegura a vida da Zona Franca até 2073”, apontou ele.
Bosco Saraiva explicou que a Zona Franca de Manaus vive seu “melhor momento do ponto de vista da estabilidade jurídica”, com a aprovação dessas medidas. Apesar das críticas, a ZFM seguirá viva, pujante e preservada por muitos anos, beneficiando os amazonenses.